terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Audiologia é a ciência que estuda a audição e o equilíbrio, assim como a reabilitação e a prevenção destas funções, pelo que inclui diversas áreas científicas, técnicas, clínicas e de reabilitação que em conjunto formam um mundo interdisciplinar, requerendo o estudo de diversas ciências tais como a física, a psicologia, a medicina, a fisiologia, a fonética, a acústica, a biologia, a psicoacústica entre outras.
A Audiologia crescendo em todo o mundo e a evolução da tecnologia é um dos grandes fatores responsáveis por isto.
O audiologista é o profissional que se especializa na identificação, avaliação e reabilitação de pessoas com deficiência auditiva e ou com problemas do equilíbrio.
Quais são as áreas de atuação da audiologia?
O profissional que trabalha na área de audiologia pode atuar nas seguintes áreas:
Prevenção: fazendo a orientação dos fatores que podem causar algum tipo de problema auditivo. Nesta área o profissional atua desde a gestação (evitar o contato com doenças como rubéola, evitar a ingestão de remédios que causem surdez, etc), na infância/adolescência/adulto (evitar contato ou cuidado com doenças como meningite, caxumba, sarampo, evitar a ingestão de remédio ototóxicos, evitar a exposição a sons muito intensos – walk-man, ruído de empresas, shows de rock, etc).
Diagnóstico: realiza avaliações audiológicas, para verificar a possibilidade de alterações auditivas. O profissional realiza estes exames em berçários (tanto de alto-risco como normais), em escolas, indústrias, consultórios, clínicas especializadas.
Reabilitação: realizar tratamento fonoaudiológico em pacientes que apresentam problemas auditivos (terapia fonoaudiológica), tanto em crianças, como adolescentes e adultos.
Indicação: de aparelho de amplificação sonora: realiza a indicação de aparelhos e o acompanhamento dos pacientes que se utilizam destes aparelhos. É importante notar que hoje em dia já se adapta aparelhos também em bebês. Não é mais aceitável aquela orientação de que o indivíduo portador de deficiência auditiva deva esperar até os 5 anos para colocar aparelhos e realizar terapia fonoaudiológica.
Quais são os graus de deficiências auditivas?
A deficiência auditiva pode ser de leve a profunda. A determinação do grau da deficiência, na maioria dos casos, varia de acordo com a capacidade do indivíduo de compreender a fala. O indivíduo que apresenta uma perda leve pode muitas vezes nem sequer notar a sua dificuldade, ele refere que “os outros falam baixo”, como se o problema não fosse dele. O indivíduo que apresenta deficiência auditiva profunda, não compreende a fala e deve sempre se utilizar aparelhos de audição.
Como é feita a avaliação audiológica?
Depende da idade do paciente. No bebê, crianças pequenas, indivíduos com dificuldade de compreender a comunicação (autistas, psicóticos, etc), a avaliação é objetiva, não dependendo da resposta do paciente. São utilizadas basicamente duas técnicas objetivas: Emissões Otoacústicas (ou “exame da orelhinha”) e Audiometria de Tronco Cerebral. Além disto avaliamos estes pacientes por suas respostas comportamentais (ie, reações à apresentação de um estímulo sonoro, como parar de mamar, reação de susto, entre outros). No indivíduo que compreende a linguagem, são utilizadas técnicas como audiometria tonal (onde o indivíduo apresenta uma resposta esperada ao estímulo sonoro), logoaudiometria (para verificar como ele responde ao estímulo da voz humana além de verificar sua capacidade de compreender a fala), medidas de imitância acústica (onde observam-se as condições da orelha média).
Qual a mensagem para os fonoaudiólogos que estão se formando agora?
Hoje em dia estamos vivendo uma dificuldade de oferta de emprego, mas que isto não é somente em nossa área. O mais importante é que a fonoaudiologia hoje possui uma inserção muito grande. A fonoaudiologia está presente tanto na área da saúde como na área da educação. Foi-se o tempo onde o fonoaudiólogo era visto somente como aquele profissional que “sentava no chão e brincava com as crianças”. Hoje vemos o profissional atuando em UTIs neonatais, em Hospitais com adultos que tiveram derrames, em indústrias, na TV, no rádio, em escolas normais e para portadores de necessidades especiais. Uma mensagem que tenho passado não somente para os fonoaudiólogos que estão se formando hoje, mas para todos: “Tenha Orgulho em ser Fonoaudiólogo!”